Minha visão de ser humano e a relação que cultivo com meus clientes são fundamentadas na Gestalt-Terapia, que é a abordagem de que me utilizei durante 18 anos, logo que me formei. Em 2018, conheci o Brainspotting (PhD David Grand) e desde então é o método que prevalece em minha abordagem clínica, individual, de casal, família e grupos.
Apesar do nome, o Brainspotting é uma abordagem corporal e de sintonia entre terapeuta e cliente. Contando com a minha própria percepção, ajudo o cliente a perceber suas sensações corporais e processar conteúdos subconscientes de experiências traumáticas. O objetivo consiste em que ele possa expandir o olhar para tal experiência e possa processar, de forma Integrativa, as informações bloqueadas pelo medo, sentimento de incapacidade e evitação.
Nesse processo, acontece uma “digestão” da memória da experiência traumática e, portanto, uma atualização psíquica, com ressignificações a níveis profundos, até mesmo inconscientes. Como nas experiências em que sentimos medo conjugado à incapacidade, congelamos; a energia, para fugir ou lutar contra a ameaça, não é utilizada, é represada. Por isso, quando entramos em contato com algo que nossa mente associou ao trauma original, nosso corpo dispara o gatilho do trauma. Então no processo terapêutico há também, uma descarga da energia retida na experiência traumática original. Tudo isso é o que permite a mudança do padrão disfuncional e remissão dos sintomas de ansiedade, pânico ou TEPT (Transtorno de Estresse Pós-Traumático).
O BSP potencializou meus atendimentos individuais, de casal, de famílias e, desde 2019, os processos de grupos, por meio do trabalho que desenvolvi chamado Protocolo Bodyspotting.
Atendo adultos com Brainspotting (PhD David Grand), ajudando-os a acessar, expressar e processar memórias de experiências represadas da infância ou adolescência. Viver no presente, sem a carga energética de medos e inseguranças do passado, é um processo libertador e de desenvolvimento pessoal.
Procure-me e me conte o que está sentindo.
A adolescência é uma etapa de transição para a vida adulta que nos impõe muitos desafios. A descoberta das sensações do corpo, sentimentos e formas de expressar emoções têm grande influência em comportamentos e experiências consigo e com o outro. Sessões individuais alternadas com treinamentos emocionais em grupo, podem ajudar muito nesse processo. Além do aprendizado, sobre psicoeducação, e exercícios de auto regulação emocional, saber que não está sozinho, é um grande recurso, para o sistema nervoso passar por essa fase sem traumas incapacitantes.
Sensações e sensibilidades em relação ao ambiente estão muito afloradas neste período da vida. A criança começa a desenvolver o cognitivo quando busca entender o mundo, porém precisa de ajuda para entender o que se passa dentro de si diante de desequilíbrios em sua família e sociedade. A formação de grandes traumas na infância, se deve ao fato de ser um período em que realmente estamos vulneráveis, inseguros e sujeitos a tempestades relacionais de estresses e ansiedades dos adultos. O Brainspotting com crianças acontece de forma lúdica e até que um vínculo comigo seja criado, pode necessitar do suporte da presença de um dos responsáveis afetivos. O trabalho com crianças é breve e focado preferencialmente alternado com sessões de Brainspotting dos adultos responsáveis afetivos.
é comum que aconteça assim:
1º Atendimento com responsáveis afetivos
2º Atendimento dos responsáveis afetivos com a criança
3º Criança com um dos responsáveis afetivos
4ª Criança sozinha
Após alternar os arranjos entre os membros da família, há uma avaliação do processo e resultados alcançados.
É comum que um membro do casal intensifique o estresse relacionado ao trauma do outro. O trauma tem a sabedoria de buscar a revivescência, para nos levar à superação. Por isso, quando um casal está em crise, é comum observarmos padrões decorrentes de experiências traumáticas em ambos, que não por coincidência se encaixam perfeitamente. Adoro ver a transformação que a liberação do trauma proporciona à relação de um casal. A primeira sessão é sempre uma entrevista com 2 horas de duração. As sessões seguintes, são individuais, realizadas por ambos quinzenalmente. Trato o trauma de cada um, buscando o resultado no terceiro membro que é o casal. Periodicamente, de acordo com o processo, fazemos um novo encontro duplo.
A família é um microssistema muito poderoso, que interfere na forma como nos relacionamos fora dela, por que é fonte de traumas de desenvolvimento. Portanto, é de onde surgem nossos padrões de comportamento e sentimento mais difíceis de serem liberados. Minha formação e experiência no atendimento a famílias enriquecem muito todos os meus trabalhos, porque frequentemente é nas relações familiares que constituímos mais intensamente nossa existência. Caso você tenha uma temática compartilhada com sua família, fazemos uma entrevista de duas horas e seguimos com encontros individuais quinzenais, para que cada um possa ir a fundo em processos que vão refletir no que é comum, no dia-a-dia. Eventualmente podem ser importantes encontros de duplas ou trios de membros da família.
Estar em grupo é fortalecer sua capacidade de criar vínculos, aprender com a dúvida do outro, aumentar o ânimo para treinar os exercícios de auto regulação, e se divertir com as diferenças. O grupo também funciona como um recurso, para os processamentos de experiências, que não precisam ser compartilhados em detalhes, mas enfrentados com força e determinação. Nos processos dos treinamentos em grupo, há também um enriquecimento consciente, porque a história de um membro do grupo colabora para o processamento e experiência de outro membro.
A necessidade de treinar a mente é semelhante à que temos de treinar o corpo. Com meus 30 anos de experiência com meditação e com a psicologia, desenvolvi um modo de fazer o que chamo de mergulho interior. No espaço Lila ofereço treinamentos em mergulho interior (TreMIs) a grupos categorizados por temas. Os treinamentos envolvem: mergulho em sensações corporais e automanejo de processos neurofisiológicos, com o objetivo de acessar, trabalhar e processar, sentimentos e memórias que podem estar intensificando emoções de inseguranças, medos, dentre outros. Necessitamos de treinamentos emocionais porque culturalmente ou habitualmente, somos levados a evitar contato com sensações e sentimentos desagradáveis, com isso desperdiçamos nossa capacidade intuitiva e criativa de nos auto regularmos e nos curarmos de experiências dolorosas que fazem parte da vida. Nossa postura evitativa e de culto a distrações nos causa uma espécie de de alienação de nós mesmos e do mundo a nossa volta e isso, em ultima instância, está nas bases dos transtornos psíquicos e psiquiátricos.